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(yang, o mundo de yang, orlandeli, mergulho, resiliência, budismo, filosofia, poesia, estoicismo)
"O mundo de Yang" começou como tira, a cada semana eu desenhava uma história fechada que era publicada aos domingos nas páginas do Diário da Região e no site oficial que eu planejei especialmente para a série.
Mesmo tendo um arco maior planejado, o roteiro final era definido semana a semana. De certa forma o Yang acabou virando uma espécie de “diário de percepções e emoções” do que eu via e sentia no momento.
Quem já leu o primeiro número vai lembrar de um personagem chamado MIGOU. Em um primeiro momento, Migou seria apenas uma representação do medo, porém, naquela época, já começava a acontecer um movimento de polarização dentro e fora do país..
Um discurso extremista, armamentista, intolerante e preconceituoso começava a circular livremente com ares de razão inquestionável. Parecia que uma “onda de ódio” avançava com força sobre aquilo que a gente costuma chamar de humanidade.
Isso acabou afetando a forma como enxergava o personagem. Lembrando de outros momentos na história, em que o mundo também parecia se perder na própria sombra, imaginei Migou como uma entidade que se aproveita do desequilíbrio no universo e instala o medo no lugar mais escuro da sua alma, gerando uma onda de irracionalidade.
Migou surgiu assim. Da observação dessa “onda”, que continuou crescendo desde então.
Parecia explicar bem porque, de uma hora para outra, a ignorância ganhava ares de virtude.
Discursos de ódio e intolerância não só aumentaram como ganharam destaque em espaços de poder.
O palavrão virou ativo. Para vender bem um livro bastava colocar um FODA-SE na capa. O negócio é ser agressivo, ensina o coaching bombado.
Deixa de ser fresco, porra. Para de mimimi, porra. Vira homem, porra. Não sou aquele seu professor maconheiro, porra. Não sou coveiro, porra! Não deixa te fazer de otário. É campari, não é cerveja, porra. Não uso xupeta, uso revólver, porra. SEEELVAAAAA!
Agressividade por todos os cantos.
Agora, hoje cedo, vejo a notícia que alguém invadiu uma escola infantil com uma machadinha e mutilou a vida, não apenas das crianças, mas de todos, TODOS os que fizeram parte da vida delas. Faz poucos dias um garoto matou uma professora. Nos últimos meses, vários outros casos parecidos.
A onda parece não ter fim.
Se o Migou tem algo a ver com isso, eu não sei.
De qualquer forma, preste mais atenção na sua agressividade e na forma como ela ecoa pelo mundo.
Isso não é sinal de força, é sinal de ignorância.
Não aumente a onda.
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Não é novidade pra ninguém que já leu algum livro da série O mundo de Yang que ela é recheada de referências e simbologias sobre a cultura oriental, entre outras coisas.
A proposta nunca foi ser um “manual” para ensinar isso ou aquilo, mas usar parte dessa conteúdo como "gatilho" para ilustrar pensamentos e reflexões que fazem parte da história. Uma espécie de metáfora que que ajuda a expressar o raciocínio do que está sendo dito.
Desde a última edição, O mundo de Yang - Dois Cortes, eu resolvi escancarar um pouco mais isso e compartilhar com o leitor algumas curiosidades sobre a história que ele acabou de ler e sobre a série.
A seção “Reverberações” serve exatamente para isso, comento um pouco de como a história surgiu, os caminhos que ela tomou, elementos que aparecem e porque estão ali. Um deles são as “facas gêmeas” PA CHAN TOU. Desenho o Yang com elas desde o início, mas é a primeira vez que elas aparecem em uma história. São armas características com um estilo de kung fu chamado Wing Chun. Esse estilo tem raiz budista, além do uso como ferramenta de luta, a simbologia que elas representam acabam contribuindo bastante com a evolução do Yang na história.
Tem também o novo personagem, mestre Tay. A aparição dele é bem curiosa também e o visual é inspirado no “Tay” daqui de casa rsrsrs
Já estamos preparando mais curiosidades para o próximo número. Aguarde.
Conheça a série O mundo de Yang. Os livros você encontra em: